Reserve Aqui 10/04/2020
No carnaval eu fui com meus pais pela primeira vez para as Ilhas Maldivas, um destino que há muito tempo eu tinha vontade de conhecer. Diferente do que muitos brasileiros pensam, as Maldivas não é apenas um destino para lua de mel – é também para famílias! É perfeito para crianças, grupo de casais, etc. Por favor tirem esse tabu de que só pode ir para as Maldivas na lua de mel! Prometo que não irão se arrepender! Posso dizer que a viagem superou todas as minhas expectativas e eu achei Maldivas simplesmente incrível! É um daqueles destinos que já entrou na minha lista de “queridinhos” que pretendo voltar muitas vezes! E sim, é a água mais linda que eu já vi na vida! Os tons de azul são UMA COISA! Ganhou de Bora Bora, Anguilla e Turks & Caicos, por exemplo. Me perguntaram se agora que eu conheci as Maldivas, se todo o resto perdeu a graça e eu quero aproveitar para responder aqui também que não! O mundo é enorme e está cheio de lugares igualmente especiais, encantadores e bonitos! A graça está em explorar e conhecer coisas novas, e claro, sempre voltar para aqueles lugares que de alguma maneira marcaram você!
Maldivas para mim combina com férias – foi a viagem mais relax que eu tive em um bom tempo. Sim, estou sempre viajando, mas sempre “on the go”, fazendo coisas e num ritmo frenético que cansa muito por incrível que pareça hahaha. Passei agora 10 noites fazendo absolutamente nada, relaxando e tomando sol, andando descalça, sem me preocupar com nada, mergulhando, vendo peixinhos e comendo bem! Para mim, não tem nada melhor do que isso – é o famoso “dolce far niente”! Há quem pense que uma viagem assim seja entediante, então acho que vale falar que talvez passar 10 dias nas Maldivas não seja para todo mundo, depende muito do estilo de pessoa. Se você é o tipo de pessoa que não ama sol, praia e mar, daí realmente não vale a pena ficar tanto tempo, mas eu acho que é um destino tão longe para chegar do Brasil, que vale a pena ficar mais dias e talvez combinar dois hotéis para dar uma quebrada, por exemplo, 4 noites em cada. Eu gostei tanto, que se me oferecessem para ficar mais 4 dias em outro hotel, eu teria ido hahaha. Juro!!!
A escolha do hotel também é muito importante e fator determinante. Vou falar disso mais abaixo, mas para uma pessoa hiperativa que tem medo de ficar entediado, recomendo escolher um hotel maior, com mais opções de restaurantes e que ofereça bastante tipos de atividades, por exemplo. Quebrar a viagem ficando em dois hotéis também é uma boa para não se entediar. Não parece, mas o tempo voa enquanto você está lá! Eu me mantive “ocupada” o tempo todo – seja lendo um livro e tomando sol, mergulhando, fazendo snorkel, andando de bicicleta, fazendo spa, tomando drinks no pôr do sol, e por aí vai. Quando você vê, já é hora de jantar e você está exausto sonhando com a sua cama. A boa notícia é que tem tanto hotel bom nas Maldivas, que com certeza você irá encontrar um que se adapte perfeitamente às suas necessidades. Por isso é super importante pesquisar bem e falar com quem conhece. Por fim, acho importante dizer que esse não é um destino para ir sozinho – eu NÃO recomendo!! Eu não vi ninguém sozinho na viagem e também acho que não tem nada a ver – você irá se sentir um peixinho fora d’água. Mesmo que você fique num hotel maior com mais movimento, cada um está ocupado fazendo as suas coisas durante o dia, ninguém bate muito papo ou interage com você. Muitos ainda passam o dia nas suas villas, então você se sentirá super solitário, especialmente se ficar num hotel cheio de casais em lua de mel ou sem uma piscina comum. Deixe para ir com algum amigo, família ou pessoa especial.
Recebi muitas perguntas no Instagram questionando se os hotéis que eu fiquei estavam vazios porque nunca aparecia ninguém nas fotos e nos vídeos. Achei isso engraçado, então acho importante esclarecer o porquê! Primeiramente, eu morro de vergonha de filmar os outros, até por uma questão de respeito, e porque não gosto quando me filmam, então sempre procuro filmar os lugares quando não tem muita gente ou cantos mais vazios. Além de achar chato, acho que dá para ver melhor as coisas dessa maneira. E segundo porque este é o principal conceito das Maldivas – exclusividade. A ideia é justamente você ter todo esse espaço e privacidade, mesmo quando o hotel estiver na sua lotação máxima! Eu pessoalmente acho isso incrível. As propriedades são enormes, a maioria em ilhas privadas, então acaba que os hóspedes se espalham muito. Nunca vai estar abarrotado de gente, é essa a intenção! Fevereiro ainda é a alta temporada, então nos 3 hotéis que ficamos, a taxa de ocupação era sempre maior que 75%. No Gili, o hotel estava 90% cheio, por exemplo.
Outra mensagem que recebi muito foi “nossa, essa é a primeira vez que vejo as Maldivas sem chuva ou aquele céu nublado” kkk. Mas isso acontece porque as pessoas vão na época errada! Como em qualquer lugar, sempre tem a época certa para ir se você quiser garantir tempo bom. É claro que do jeito que o tempo no mundo anda louco, pode ser que você dê o azar de pegar tempo ruim num mês bom, ou então sol num mês chuvoso, mas daí realmente são exceções. De modo geral, a melhor época para ir para as Maldivas é de dezembro a abril. Essa é a alta temporada e a estação menos chuvosa. Pegamos 10 dias maravilhosos de muito sol, com exceção de uma tarde nublada que choveu um pouco. Não posso reclamar! O peak season é durante o Natal e o ano novo, quando lota de famílias e os preços ficam ainda mais caros. Para essa época, hóspedes frequentes reservam as suas villas com até 1 ano de antecedência! Os meses de maio e junho são os mais chuvosos, então procurem evitar!
No entanto, se você quer ir para Maldivas para ver tubarões baleias ou manta rays, por exemplo, existe época específica para ir. O mesmo se aplica ao surfe. A melhor época para surfar nas Maldivas é entre março e outubro, mas dependendo do mês, certos atolls são melhores que outros. Os meses de junho a agosto tendem a ser os melhores, mas outubro também tem ondas incríveis nos atolls mais centrais e ao norte. Os tubarões baleias e as arraias manta se alimentam de planktons, então a sua localização segue o fluxo das correntezas. No Baa Atoll, a temporada de whale sharks e manta rays vai de junho a novembro. Fomos agora em fevereiro e não tinha nada na região. Já no Laamu Atoll, não existe uma temporada certa para ver as arraias manta, mas os meses de maio e outubro são mating season, então é praticamente garantido que você verá algumas. Agora em fevereiro, os whale sharks estavam todos concentrados no South Ari Atoll, muito longe dos três hotéis que ficamos, então infelizmente eu não consegui ver nenhum. Fiquei arrasada, estava no topo da minha #bucketlist. Por isso é importante levar esses fatores em consideração também quando estiver escolhendo o seu hotel. Se eu soubesse antes, eu teria provavelmente escolhido um hotel mais perto do South Ari Atoll para poder ver whale sharks, mas tudo bem, agora tenho um bom motivo para poder voltar em breve! Hahaha.
Brasileiros não precisam de visto para entrar nas Maldivas, mas é necessária a vacina de febre amarela, então certifique-se que a sua está em dia antes de viajar. Eles conferem. Se você tiver outro passaporte de outra nacionalidade, use ele para pular essa etapa na chegada – é menos burocracia. Para chegar nas Maldivas, você pode voar de diversas cidades que possuem voos diretos, mas do Brasil, acho que as melhores opções são de Emirates via Dubai, ou então de Turkish Airlines via Istambul, igual nós fizemos. Escolhemos ir pela Turkish simplesmente por causa do preço – era quase metade do preço, então valia a pena. E achei ótimo! A poltrona na executiva deita completamente e os comissários são super atenciosos e simpáticos. De São Paulo para Istambul, são 12 horas de voo e depois mais 8 horas de Istambul para Malé, a capital e o ponto de entrada nas Maldivas. É bem longe e cansativo, mas vale a pena. Na ida conectamos direto, mas na volta achamos melhor dar uma quebrada na viagem e ficar 2 noites em Istambul. Foi perfeito. Não teria feito nada diferente, a não ser talvez ter ficado uma noite a mais em Istambul porque eu amo a cidade! Kkk. Aliás, o aeroporto novo de Istambul está um show!! Vale muito a pena fazer a conexão lá, ele inaugurou recentemente e está lindo, cheio de lojas, com lounge incrível, etc.
A escolha do hotel nas Maldivas é algo complexo. Nós pesquisamos MUITO antes e foi difícil escolher os três hotéis. Com cerca de 200 hotéis nas Maldivas, a verdade é que tem muita opção boa! O lugar é paradisíaco e os hotéis estão sempre tentando se superar, especialmente os novos, que precisam inventar coisas diferentes para se destacarem! Então realmente é importante basear as suas escolhas no seu perfil e gostos. Acho que antes de tudo, você precisa escolher o conceito que gosta, por exemplo, se prefere super luxo como um Cheval Blanc ou então barefoot luxury como o Six Senses Laamu. Isso é cada pessoa, então o que funciona para mim, não necessariamente funciona para você. Eu sou mais barefoot luxury, adoro esse estilo, e não estávamos afim de ficar se arrumando muito para jantar ou comendo comida com estrelas Michelin na praia, por exemplo. Mas talvez você goste disso, daí então o Gili Lankanfushi pode não ser a melhor escolha para você. Nós não quisemos ir para o Cheval Blanc por esse motivo, apesar de saber que é um hotel maravilhoso e ter muitos amigos que já se hospedaram lá e amaram. Numa próxima vez, eu gostaria de ficar lá para comparar, mas dessa vez não era o conceito que estávamos procurando.
Depois de resolvido o conceito, é importante escolher o perfil do hotel (se é para casal, famílias, lua de mel, etc) e qual o seu público alvo, por exemplo, europeus, russos, asiáticos, árabes, etc. Na minha opinião, tudo que é muito russo é metido demais e não faz o meu estilo num ambiente de praia, por isso, procuramos evitar hotéis que tinham muitos hóspedes russos, por exemplo. Isso de cara já elimina vários kkk. E como estávamos indo em família, não fazia sentido nenhum ficar no Soneva Jani, por exemplo, por mais maravilhoso que seja, porque ele é para casais em lua de mel, pequeno demais e com poucas áreas comuns – todo mundo acaba ficando meio que confinado na sua villa. Agora, se você está indo numa lua de mel, talvez ele seja a escolha certa para você, mas de novo, desde que você curta o conceito de barefoot luxury ao invés do super luxo.
Depois disso, é importante escolher a sua localização ideal. Aqui tem vários fatores para se levar em consideração. Por exemplo, se você quiser ficar mais isolado e não enxergar outros hotéis, daí o Laamu Atoll é perfeito, pois o Six Senses é o único hotel do atoll. Ou por exemplo, se você tem medo de hidroavião e se recusa a pegar um, a única opção é ficar em um dos hotéis perto de Malé que exigem apenas um transfer de barco! E por aí vai. Se você quer fazer uma atividade específica como surf ou ver tubarões baleias, isso também deve influenciar a escolha do local do hotel. Eu, por exemplo, queria um hotel que oferecesse night/fluo snorkeling. Não adianta escolher um hotel que você achou incrível no Instagram de alguém se ele não oferecer aquilo que você quer. Lembrando que para essas atividades específicas você deve levar em conta também a época certa do ano. Se você optar por ficar em dois hotéis diferentes, então você também precisa levar a logística de chegar de um hotel para outro em consideração. Acho mais legal mudar de atoll, mas claro que se você escolher dois hotéis no mesmo atoll é mais fácil. As distâncias nas Maldivas enganam e você pode perder muito tempo transferindo de um hotel para o outro.
E por fim, falando em logística, é importante considerar a localização do seu hotel porque o voo da Emirates e da Turkish saem tarde à noite de Malé. Ou seja, se você precisar pegar um hidroavião, eles não voam de noite, então você provavelmente terá que chegar cedo em Malé e vai ficar mofando HORAS no aeroporto antes de embarcar – você acaba perdendo o último dia! Essa é a vantagem de estar num hotel perto de Malé que só exige um transfer de barco, por exemplo, pois você pode aproveitar o dia todo e só chegar no aeroporto à noite. Apesar de estar longe e mais ao sul, no Six Senses Laamu você pega um aviãozinho normal do aeroporto local que pode voar à noite – isso é muito bacana, porque tivemos o dia todo para curtir e ficamos pouco tempo esperando no aeroporto depois. Poderia ter sido muito pior! Kkk. Como vocês podem ver, a escolha é bem difícil e complexa!!! Muitos fatores contribuem para a escolha certa, por isso não recomendo imitar ninguém, a não ser que você tiver pesquisado e analisado tudo isso antes! Como se não fosse difícil o suficiente, você ainda tem outra escolha importante para fazer kkk – escolher a villa perfeita! Pode não parecer, mas é igualmente importante! Falar com quem sabe é bom nessas horas – escolher o melhor lado (sunrise ou sunset), o melhor jetty, o tipo e a melhor categoria de quarto, etc. Não é fácil!! Hahaha.
Como essa era nossa primeira vez nas Maldivas, inicialmente queríamos ficar em três hotéis com estilos e localizações diferentes. O Gili Lankanfushi foi uma escolha fácil, porque ele é um dos queridinhos, sempre figura como um dos top 10 hotéis das Maldivas e há muito tempo queríamos ficar nele. Achamos prático que ele ficava perto de Malé, e vindo de uma viagem super longa desde o Brasil, seria melhor pegar um transfer rápido de barco ao invés de outro voo. Com isso em mente, elegemos ele para ser o primeiro hotel. Depois, nós queríamos muito conhecer o Baa Atoll, que é protegido pela UNESCO e conhecido pela sua vida marinha abundante, então foi mais uma questão de encontrar o hotel lá que mais nos agradasse. Já que o Gili Lankanfushi tem o conceito de barefoot luxury, então queríamos algo um pouco mais sofisticado, vamos dizer, e mais moderninho/contemporâneo. Também queríamos experimentar um hotel boutique menor, então acabamos optando pelo Milaidhoo. E para o terceiro e último, a ideia inicial era ficar num hotel maior, com vários restaurantes e de cadeia, para poder comparar. Acabamos reservando o novo Waldorf Astoria Ithaafushi, que inaugurou em agosto do ano passado, mas de última hora recebi um convite irrecusável e mudamos para o Six Senses Laamu, que acabou sendo o meu hotel favorito, então valeu a pena! Não nos arrependemos, por mais que ele seja muito parecido com o Gili! Esses foram os nossos critérios, mas como mencionei acima, se eu soubesse antes, teria talvez trocado o Milaidhoo por outro hotel nas redondezas do South Ari Atoll para poder ver os tubarões baleia. Mas agora vamos ao que interessa! Segue abaixo um breakdown da minha estadia no paraíso! Espero que gostem!
DAY 1 – Gili Lankanfushi
Marhaba! – Bem-vindo na língua local. Essa foi a primeira palavra que escutei quando pousamos em Malé, a capital das Ilhas Maldivas. Descendo do avião, de cara já senti aquele calorzão que só me fez perceber o quanto eu realmente amo praia! Kkk. A chegada em Malé é super bonita, vale a pena olhar pela janela – você enxerga vários atolls que mais parecem bolotas azul claras e esverdeadas no meio do mar hahaha. É super lindo! Assim que pegamos as malas, o pessoal do Gili Lankanfushi já estava nos esperando do lado de fora no aeroporto. De lá pegamos um transfer de barco de cerca de 20 minutos até o hotel. Você pega o barco do hotel bem na saída do aeroporto mesmo, é super prático e rápido. Nos explicaram o conceito de “no shoes” e colocaram os nossos sapatos num saquinho que só fui mexer de novo quando cheguei em Istambul. Amo isso! Nos deram toalhinhas geladas, aplicaram um spray refrescante nos pés e ofereceram um suco delicioso como welcome drink! Depois de 24 horas viajando, tudo isso caiu como uma luva! Kkk.
O Gili Lankanfushi opera num fuso de 1 hora para frente de Malé porque quer hahaha. Ou seja, o fuso era então de 9 horas a mais que o Brasil, ao invés de 8 horas – bastante! O segredo é tirar o fuso automático do celular e ajustá-lo para o horário de Bangladesh para não se confundir e/ou se atrasar. Ajustes feitos, foi difícil conter a empolgação ao ver pela primeira vez aquela lagoa azul cintilante ao se aproximar do hotel. Eu amo águas turquesas cristalinas e lugares paradisíacos, mas os tons de azul aqui realmente são surpreendentes. Fiquei boquiaberta diversas vezes na viagem. Só sabia falar “wow”, “olha isso” e “meu deus” hahaha. Acho que vocês perceberam nos stories do Instagram kkk. Para quem viu as fotos, acho que não resta nenhuma dúvida de que essa era a lagoa mais bonitas de todas (e mais bonita que eu já vi nada vida)! É muito, muito, muito bonito. De verdade. Eu já fui para Bora Bora, mas isso aqui ganhou de tudo!!
Com apenas 45 villas, o Gili é consistentemente votado o melhor resort das Maldivas, é o queridinho de todo mundo. Em janeiro de 2019, uma parte do hotel infelizmente pegou fogo e ele teve que fechar e reconstruir quase tudo. O hotel ficou fechado por quase um ano, e reinaugurou no final de dezembro 2019, para a alegria dos hóspedes recorrentes. Seguindo o conceito de barefoot luxury, eu diria que o hotel é rústico chic. Sustentável, ele não é luxuoso no sentido de ter banheiros de mármore e tal, pois é todo feito de madeira, mas é de altíssimo padrão e nível. Muitas pessoas notaram a semelhança com o Six Senses ou o Soneva, por exemplo, mas isso é porque ele era um antigo Six Senses antes do Laamu abrir em 2011. A semelhança com o Soneva se dá porque os donos da marca são os fundadores do Six Senses. Eles criaram o Soneva depois de terem vendido o Six Senses para a empresa Pegasus. Se você gosta do Soneva ou do Six Senses, com certeza você vai amar o Gili! Segundo o próprio hotel, o seu conceito vem do Robinson Crusoe. Ao chegar, os hóspedes são designados a um Mr. Friday, uma espécie de mordomo particular, com quem você fala diretamente para reservar atividades, marcar jantares ou spa, entre outras coisas. O Mr. Friday é o seu ponto de contato direto no hotel. Toda e qualquer solicitação a qualquer hora do dia deve ser feita através dele. É muito legal e funciona super bem.
A maioria dos hóspedes no hotel são europeus e famílias. Tem alguns casais em lua de mel, mas o resort é bem família. Não tem nenhum chinês e depois dos Europeus, os Estados Unidos e o Reino Unido são um dos maiores mercados. Surpreendentemente, 50% dos hóspedes são recorrentes e esse número sobe para 75% durante o natal e ano novo. Gente, isso é absurdo e praticamente impossível para um hotel. É uma taxa muito alta e indicativa de boa qualidade né?! Acho que diz tudo sobre o hotel! No geral, os hóspedes gostam do fato que o hotel é perto do aeroporto e não precisa pegar outro avião – é conveniente. Ao mesmo tempo, eu diria que o ponto fraco do hotel é justamente a sua proximidade de Malé, pois você vê muito movimento durante o dia de barcos e aviões passando, além de estar ao lado do Paradise Resort com outros dois hotéis, mas sendo bem sincera, com uma lagoa daquelas, nada disso atrapalha!
Chegamos no hotel e fomos apresentados ao Shaan, o nosso Mr. Friday. Fizemos um tour rápido pela ilha antes de ir para o nosso quarto. O hotel oferece uma série de atividades durante o dia como snorkeling tours e dolphin cruise, além de aulas de culinária de como aprender a fazer sushi e tempura, por exemplo. A programação de todas as atividades da semana está numa planilha no quarto, tem bastante coisa. Todo hóspede recebe uma bicicleta de bamboo para se locomover pela ilha. Por ser de bamboo, acho que o corpo da bicicleta é leve demais comparado ao guidão e acaba ficando meio instável – meio perigosa nas curvas em cima da água hahaha. Tem que tomar cuidado para não cair kkk. Seguindo o conceito de “no shoes”, os pedais da bicicleta são forrados para você poder pedalar descalço. Achei isso demais! Além disso, o Gili oferece cinema ao ar livre de segundas e quintas, um restaurante japonês que abre somente para o jantar (mas fecha às terças e sextas), e 24 sabores de sorvetes caseiros (mas diferente do Six Senses aqui não é gratuito)! Durante a sua estadia, você terá o mesmo garçom em todas as refeições. O nosso chamava Amin e era um fofo. Aliás, vale dizer que o serviço do Gili foi impecável! Absolutamente todo mundo no hotel te reconhece e chama pelo seu nome ou o apelido que você informar na sua chegada. Mas não é à toa, a proporção de funcionários para hóspedes do Gili é de 6:1 por villa, ou então 3:1 por hóspede – um absurdo!!
Nos hospedamos por 4 noites num Overwater Lagoon Villa. Com a reconstrução após o incêndio, criaram overwater villas com piscinas que antes não tinham, mas achamos as lagoon villas mais especiais e diferentes com as redes na água, então optamos por esse tipo de quarto ao invés. Pelo visto acertamos, porque todo mundo do hotel falava que a gente estava nas melhores villas, então fica a dica! Kkk. Como uma lagoa azul cintilante daquelas, quem precisa de piscina né?! As overwater lagoon villas são melhores, porque as outras ficam do outro lado da ilha, onde a água é super rasa então do seu quarto você não consegue nadar muito, especialmente quando a maré está baixa, então perde um pouco o propósito. As lagoon villas são super concorridas, então tem que reservar com antecedência! O nosso quarto era enorme e muito espaçoso, com uma sala super simpática ao entrar, um terraço externo maravilhoso para tomar sol, com cadeiras, redes e sofás, um banheiro gigante com chuveiro externo e acesso direto ao mar, e um quarto com ar condicionado bem fresquinho. No rooftop tinha ainda um outro terraço com uma cama e se você quisesse poderia dormir lá vendo as estrelas – era só pedir que eles montavam tudo. Achei bem romântico! Kkk. Gostei também que todos os ambientes da villa tinham caixas de som que podiam ser conectadas ao seu celular via bluetooth para tocar música.
Depois de instalados, mergulhamos no mar para tirar a “nhaca” do voo hahaha. Ao contrário do que muitos pensaram, a água estava MARAVILHOSA! Quente, mas refrescante, na medida certa! Não poderia estar mais perfeita! Kkk. Menos de uma hora no sol e já percebi que queimava muito, então cuidado! Leve bastante protetor forte. Como venta muito, você não percebe o quanto está queimando e só consegue ver o resultado depois do banho, mas pode ser tarde demais, então não bobeie! Depois fizemos um late lunch no overwater bar. Fechamos a tarifa com regime de meia pensão que vale super a pena, pois inclui o café da manhã e o jantar. O legal é que mesmo assim você pode comer em outros restaurantes do hotel ou pedir à la carte em noites de buffet, por exemplo. Você tem um “crédito” para usar. Aliás, funcionou assim nos três hotéis que ficamos. Quando digo outros restaurantes, é o que eles chamam de “specialty restaurants”, ou seja, todos os outros restaurantes sem ser o “principal”. No principal é onde é servido sempre o café da manhã e o jantar. Almoçamos então e depois relaxamos até a hora do pôr do sol às 19h20. O primeiro sunset nas Maldivas até que foi bonito!
Toda noite o jantar é temático no Kashiveli, o restaurante principal do hotel. Isso é legal porque o cardápio muda toda noite. Caso você não se interesse pelo buffet, você sempre pode pedir à la carte, então é bem tranquilo, mas geralmente os temáticos são legais e a comida é muito boa! Na noite que chegamos, o tema era Asian Street Market, que rola às terças-feiras. Eles imitam um mercadinho, com várias estações diferentes servindo desde sahsimis de atum, gyozas, curries, satays (espetinhos), tempura, peking duck, pork belly e uma estação de wok com fried rice e noodles. Super completo e tudo muito bom! Comemos super bem. É tudo montado ao ar livre, pé na areia e rola também música ao vivo. Uma delícia! Não preciso nem dizer que com um fuso de 9 horas, eu estava morta e dormindo em pé então capotei cedo! Não conseguia nem ficar de olhos abertos para postar stories haha.
DAY 2 – Gili Lankanfushi
Acordei super cedo por causa do fuso, às 5h30. Como estávamos de férias e relaxando na praia, nem me preocupei em voltar a dormir, pois eu sabia que poderia facilmente tirar um cochilo na praia mais tarde quando o sono batesse! Kkk. Nada como “não fazer nada” né?! hahaha. Apesar de ter acordado cedo, dormi super bem. Fomos tomar café da manhã na praia, no restaurante Kashiveli. Eles oferecem um enorme buffet cheio de opções legais e tem também o “cold room” onde você encontra chocolates, frios, iogurtes, vários tipos de geleia, de cereais, mel etc. É muito bem feito. Adoramos o café da manhã do hotel. Além disso tem opções à la carte e quase todos os dias eu pedi um “croissant sandwich” com ovo e bacon que tava muito bom. Você pode pedir o suco de frutas que você quiser que eles fazem na hora fresquinho. Eles oferecem também uma série de shots detox saudáveis. Está tudo incluso. E o visual do café da manhã não preciso nem comentar né?! Surreal.
Durante o café, uma das biólogas marinhas do hotel veio se apresentar e conversar com a gente para entender quais eram os nossos interesses para poder indicar as melhores atividades disponíveis. O hotel oferece uma série de atividades diferentes que eles listam numa folha no quarto, tudo separado por dia da semana, mas nossas principais dúvidas eram sobre o “whale shark trip”, o “turtle snorkeling tour” e o “shark snorkeling tour”. Também queríamos nos informar melhor sobre a possibilidade de fazer o curso de PADI e nos certificar para o mergulho. Algumas atividades do hotel até são gratuitas, mas todas essas que mencionei acima não são. Como o curso de PADI Open Water exige muitos dias de mergulho e partes teóricas, desistimos de fazer, mas também é possível quebrar o curso em dois hotéis pelo o que entendi. Mas como o hotel oferece a possibilidade de fazer o “Discover Scuba” course, que permite você a mergulhar até uma profundidade de 12 metros com um instrutor, achamos melhor fazer apenas isso. Mas isso é uma dica bacana para quem nunca mergulhou ou para quem ainda não tem a carteirinha como eu. É possível mergulhar nas Maldivas mesmo assim. Seria o equivalente ao curso de batismo que eu fiz em Fernando de Noronha, por exemplo. Você passa por uma parte teórica rapidamente, pratica no razo alguns exercícios e depois mergulha. Vale super a pena! Eu já amo mergulhar e vou me certificar agora que estou de volta em São Paulo. É extremamente zen e relaxante, na minha opinião, além de você enxergar uma beleza além – a beleza do fundo do mar! Recomendo muito fazer isso pelo menos uma vez nas Maldivas. Quem sabe você irá pegar o gosto que nem eu kkk. Mergulhei nos três hotéis e foi demais!
Como eu mencionei acima, eu queria MUITO fazer o passeio para ver os tubarões baleia, e de acordo com a localização das baleias na época, o hotel mais “perto” para fazer isso dos três que eu fiquei, era o Gili Lankanfushi. Mesmo assim, a gente ainda estava muito longe do Ari Atoll, então era um passeio privado de um dia inteiro no barco, e como tudo nas Maldivas é caro, vocês nem imaginam o preço que estavam cobrando para fazer esse passeio. Simplesmente sem condições. Acho que ninguém acertaria, um absurdo! Hahaha. Então, infelizmente, tivemos que desistir da ideia. Mas que nem eu disse, fica aí então um excelente motivo para voltar para as Maldivas. E se isso é algo que você não abre mão, escolha o seu hotel com base nisso e fique atenta às diferentes localizações ao longo do ano!
Como era o primeiro dia, resolvemos fazer nenhuma atividade, e ficar de boa, curtindo e explorando o hotel. Apesar de ter uma piscina grande comunitária na praia, ficamos tomando sol na nossa villa mesmo, e, sinceramente, não tem lugar melhor! A brisa no quarto é divina e muito bem-vinda, pois o sol é muito forte e queima muito, então ajuda a dar uma disfarçada. No entanto, isso também pode ser perigoso, porque você não sente o sol queimando e quando vê ficou com a pele vermelha! Então cuidado! Usem filtro alto e repassem várias vezes ao longo do dia. Eu torrei no primeiro dia kkk. Dizem que o sol é assim porque as Maldivas estão bem próximas da linha do Equador, mas eu não sei! Almoçamos no restaurante “Overwater”, que como o nome já diz, fica sobre a água do mar. O lugar é bem bonito e arejado, e todo dia, na hora do almoço, é servido um buffet de saladas e verduras, com três pratos que você pode escolher do menu do dia. Lembrando que o almoço não é incluso em regime de meia pensão. Caso nada agrade, você também pode pedir o cardápio à la carte que tem um monte de opções, super internacional. Eu pedi o chicken curry do menu do dia que estava delicioso. Apesar de ser indiano, o curry é muito utilizado na cozinha local também. O hotel tem uma sorveteria perto da piscina que oferece uma série de sabores homemade, mas diferente do Six Senses Laamu, os sorvetes não são grátis! Você paga cada vez que você pedir uma bola.
Depois do almoço, exploramos o restante do hotel de bicicleta e aproveitamos para conhecer os outros jettys (pontão em inglês). Percebemos novamente a importância da escolha do quarto – os dois outros jettys ficam do outro lado da ilha, e lá, a água é tão rasa que durante a maré baixa não dá nem para nadar do quarto de tão raso que fica! Já no nosso lado, lagoon side, o mar é uma verdadeira piscina, independente da maré. Isso faz muita diferença! Pegamos nosso equipamento de snorkel e saímos nadando procurando peixinhos. O melhor local para snorkel no hotel é na Palm Island. Até daria para ir do nosso quarto, mas como a correnteza estava forte, pegamos um barquinho do hotel que leva e busca você. Ficamos lá por cerca de 40 minutos, vimos alguns peixes, mas sinceramente, não foi nada demais. Por isso que eu digo, que a beleza do Six Senses Laamu é ter um house reef tão lindo bem na frente do hotel. É incomparável a beleza dos corais e a quantidade e variedade de peixes!
No final da tarde foi hora de conhecer o SPA! Kkk. Algo muito legal que o hotel oferece é a massagem “jet lag”. Basicamente, nas primeiras 48 horas da sua chegada, você pode fazer essa massagem de 60 minutos com 50% desconto – vale muito a pena! Sem falar que a massagem é maravilhosaaaaa! Nossa, foi bom demais! O massagista estralou cada osso nas minhas costas hahaha. Achei incrível! Gostamos tanto que voltamos no último dia para fazer outra massagem! Sem falar que o Spa é lindo!! Recomendo demais! À noite jantamos no restaurante “Overwater”. O tema do dia er churrasco – sim! Kkk. É uma novidade que o Gili implementou e está aperfeiçoando, mas basicamente funciona como um rodízio. Achei a ideia legal, mas claro que ainda não é igual ao Brasil né?! Mas quem sabe chega lá! Meus pais comeram o rodízio e eu acabei pedindo à la carte mesmo. Além do fuso, o sol e o mar cansa muito, então todo dia às 21h eu estava morta e pronta para dormir! Capotei cedo!
DAY 3 – Gili Lankanfushi
Acordei por volta das 8h30, tomamos café da manhã e às 9h20 estávamos prontos para mergulhar no dive center! Nossa instrutora foi a Hiromi, uma japonesa super simpática. Fizemos alguns exercícios no raso, na lagoa do hotel mesmo, para relembrar práticas de segurança, e depois pegamos o barco do hotel para ir até o local do mergulho. Mergulhamos num local onde funciona uma “fábrica” de atum então o mar estava lotado de peixes! Foi tão lindo!!! Vimos milhares de peixes diferentes, como “triggerfish”, “napoleons”, “nemos” e “lion fish” (aquele venenoso) – foi demais! Amei! Nunca na vida tinha visto TANTAS moreias!! E gente, não estou falando de algumas moreias pequenas…eram moreias ENORMES, de todas as cores, com 4 a 5 juntas em cada buraco…foi muito muito impressionante!! Infelizmente a minha GoPro não funcionou abaixo de 7 metros, então não consegui filmar ou fotografar elas para você, mas fecho os olhos e consigo vê-las novamente. Me impressionou de verdade. Se você for ao Gili Lankanfushi, NÃO DEIXEM de fazer o mergulho nesse local! Vocês não irão se arrepender.
Com relação à GoPro aqui vai uma dica útil. Na verdade, uma seguidora já tinha me avisado sobre isso, mas como ela mergulhou mais fundo que 12 metros (profundidade máxima permitida para quem não tem certificação ainda), eu achei que não se aplicava a mim. A GoPro diz que ela é a prova d’água até uma profundida de 12 metros, mas o que acontece, é que abaixo de 7 metros, a pressão é tanta que ela força o botão de disparo para baixo, então você não consegue apertar para começar a gravar um vídeo ou tirar uma foto. Por isso que ela não funciona. A solução? Comprar um caixa estanque (“dive housing”) da GoPro para poder proteger a câmera da pressão. Existe uma certa para cada modelo de GoPro, então atente-se em comprar a certa para a sua. Consegui achar essa caixa no Six Senses Laamu então até lá não consegui filmar bem os outros mergulhos. E a verdade é que as coisas mais “emocionantes” num mergulho acontecem nas profundidades e não na superfície, então vale o investimento! Comprem antes de ir! Isso serve para mergulhos em qualquer lugar ok?
Ficamos uma hora mergulhando e depois voltamos para o hotel por volta das 12h30. Toda vez que eu olhava o mar na viagem eu ficava boquiaberta. A cor da água é insuperável e, ao longo do dia, parece que ela está cada vez mais bonita e mais azul! Os tons vão mudando, é uma coisa! Poderia passar os meus dias admirando o mar lá para sempre! Kkk. Voltamos para nossa villa e ficamos tomando sol, lendo livro, etc. Fizemos um late lunch e depois saí pedalando pela ilhota tirando fotos. Famoso “dolce far niente”….como é bom! Eu amo! Kkk. No final do dia, tomamos sunset drinks e jantamos na praia – o menu do dia era tailandês. Eu amo! O menu era fixo e feito para ser compartilhado, com vários pratos diferentes. A comida estava muito boa! Como mencionei acima, o Gili Lankanfushi tem também um restaurante japonês, mas você precisa reservar com uma certa antecedência porque ele é bem concorrido, especialmente quando o hotel está cheio, como era o caso, e porque ele não abre todos os dias. Tentamos reserva-lo para essa noite, mas não conseguimos – já estava lotado, infelizmente. Também não deu para ir no dia seguinte, porque ele fecha às sextas-feiras. Portanto, fica a dica e reserve com antecedência! Pode também pedir para reservar antes de chegar no hotel. Como trata-se de um “specialty restaurant”, aqueles que estiverem num regime de meia pensão recebem um crédito para gastar nesse restaurante. Mas fomos conhecer o restaurante e ele é lindo!
DAY 4 – Gili Lankanfushi
No dia seguinte, mais tranquilidade kkkk. Tomamos café da manhã e curtimos um pouco de praia na área comum do hotel, bem como tomamos sol na nossa villa. Não lembro se mencionei acima, mas antes de chegar no hotel, eles enviam um formulário e pedem para você completar com as suas informações, e uma delas é quanto você calça. Dessa maneira, quando você chega na sua villa, cada pessoa recebe um kit de snorkel, com pé de pato no seu tamanho, para usar quando bem entender. O legal disso é que de vez em quando aparecem arraias ou tubarões pequenos perto das villas e você pode correr e mergulhar para vê-los melhor. Foi o caso hoje com uma arraia – corri, peguei minha máscara, pé de pato e GoPro, e mergulhei para filmá-la de perto. Foi lindo! Acho elas tão gentis.
Aliás, recebi muitas mensagens de seguidores preocupados com esses “encontros” querendo saber se era seguro nadar em volta das villas ou não. Então, mais uma vez, digo que é sim seguro nadar. As arraias fogem de você e os tubarões pequenos também. Além disso, sempre estão solitários e aparecem de vez em nunca. Vi muito mais no Tahiti, por exemplo. É bem tranquilo, não precisa ter medo! De verdade! Esse foi o único dia que choveu enquanto estávamos no Gili Lankanfushi, mas a chuva também durou exatos 2 minutos e depois parou. Estava tão bom no quarto que resolvemos nem almoçar – ficamos comendo as batatinhas e amendoins que tinha no quarto e tomando drinks. O hotel tem uma prainha privada meio secreta que fomos conhecer. Foi lá que eu vi, possivelmente, o tom de azul mais bonito ever – sabe aquela garrafa azul do gin Bombay Sapphire?! Então, era idêntico. UMA COISA!
Eu tinha planos de surfar no final da tarde, mas estava ventando bastante e a correnteza estava forte, então acabei desistindo porque seria difícil demais e eu ainda sou iniciante kkk. O hotel oferece aulas de surf através da Tropicsurf, igual ao Six Senses Laamu, o que é bacana! No final da tarde, fiz sauna seca e úmida no SPA do hotel, seguida de uma massagem maravilhosa de 90 minutos! Na última noite, o tema do jantar era Mediterrâneo, então tinha um buffet incrível com muita variedade de massas frescas caseiras, pizzas, risoto, peixe, kebab, etc. Estava tudo muito bom!
DAY 5 – Gili Lankanfushi / Milaidhoo
No quinto e último dia no hotel, acordamos e tomamos café da manhã com calma e fomos conhecer o Private Reserve. Tecnicamente, a villa não está aberta para visitas, mas como mídia, fiz uma solicitação antes de ir para o hotel. Como ela estava ocupada nos primeiros dias, deixamos para conhecê-la no último dia mesmo. A Private Reserve do Gili Lankanfushi é a maior villa sobre a água do mundo!! Para chegar na villa, você precisa pegar um barquinho. Ela é simplesmente WOW, WOW, WOW!!! Uma loucura!! Linda de morrer e um sonho! Kkk. No caminho passamos também pelas villas Crusoe, que são uma excelente opção para que busca muita privacidade, pois o acesso é feito apenas por barco também.
Sozinho no meio de uma lagoa azul-turquesa, a 500 metros do resort principal, a villa Private Reserve é a quintessência de luxo, privacidade e reclusão. Espalhado por vários níveis, conta com 4 suítes, uma coleção de espaços de estar e jantar, piscina infinita, terraços espaçosos, pavilhão de spa para casais com sauna seca e a vapor, academia com ar-condicionado, cinema, bar e até um tobogã que sai do deck superior para o mar. É absolutamente incrível! Não dá vontade de sair de lá! Kkk. Lógico que eu aproveitei para usar o escorregador né?! Devo ter ido umas 10x. É demais! Hahaha. Amei conhecer a villa!
O tempo amanheceu nublado, e eu até brinquei que era porque estavam tristes que a gente estava indo embora kkk, mas o sol acabou saindo perto das 11h. Me deu um aperto de ir embora, vendo o sol iluminar os tons de azul turquesa na lagoa do Gili! Aliás, acho que vale mencionar que em termos de beleza e tons de azul, a lagoa do Gili Lankanfushi foi a mais linda da viagem e a mais linda que eu já vi na vida! Ela é realmente muito especial. E o que eu não sabia, é que existem lagoas naturais e lagoas artificiais nas Maldivas. A lagoa do Gili é natural e por isso é tão bonita, porque possui, por natureza, uma infinidade de tons diferentes, que a torna tão espetacular. Outros hotéis, como o Four Seasons Kuda Huraa, por exemplo, possuem uma lagoa artificial, então apesar de também ser bonito, não é a mesma coisa. Está aí mais uma coisa para vocês levarem em consideração quando estiverem escolhendo o seu hotel – estou falando que é difícil! Hahahaha.
Fizemos o check out no próprio quarto e partimos em direção à Malé por volta das 12h30 de barco. Chegamos em Malé às 11h50 (lembrando que o Gili opera com fuso de 1h a mais) hora local. O staff do Milaidhoo, nosso próximo hotel, nos recebeu na saída do barco no píer em frente ao aeroporto e nos levou de van para o seaplane lounge do hotel. No total não foram nem 10 minutos de carro, é tudo super perto. O terminal de hidroaviões fica bem atrás do Velana International Airport, e no momento, estão construindo um terminal novo super bonito e moderno. Assim como muitos hotéis de luxo, o Milaidhoo possui um lounge próprio neste terminal. O lounge tem ar condicionado, Wi-Fi, comidinhas, etc. É bem mais cômodo esperar no lounge do hotel.
Como já era imaginado, não tem muita burocracia para entrar no hidroavião e eu achei isso ótimo. Me lembrou bastante os bush flights da África! Mais prático impossível. Voamos para o Milaidhoo com a Trans Maldivian Airways. Esqueci de mencionar que antes de ir para o lounge, precisamos fazer check-in no balcão da TMA, mas o staff do hotel que fez tudo, nós ficamos esperando ao lado – foi super rápido. Nosso voo saiu às 13h e levou cerca de 30 minutos para chegar no Baa Atoll, onde fica o Milaidhoo. O visual no voo foi incrível. É muito bonito ver do alto as “bolas” azul turquesas no meio do mar azul escuro. Eu recebi muitas mensagens pelo Instagram de gente que tem medo de voar de hidroavião, mas eu juro que é super tranquilo. A Trans Maldivian Airways opera dezenas de voos diariamente, há 30 anos, então não há motivo para ter medo – é seguro! Além disso, este é, infelizmente, o único meio de transporte para chegar em muitos dos hotéis pelas Maldivas.
Pousamos em frente ao Nautilus Hotel, no meio do mar kkk, e um barco do hotel estava nos esperando. Transferiram as malas e andamos cerca de 10 minutos até finalmente chegar no hotel. A experiência de pousar e decolar no meio do mar é legal, eu juro! É uma sensação diferente! Nos hospedamos então por 3 noites no Milaidhoo Island, no Baa Atoll. Nosso butler, o Akoo, nos recepcionou e nos levou até o check-in feito com pé na areia. Coisas que você só consegue ver nas Maldivas kkk. O butler é uma espécie de anfitrião que fica à sua disposição para garantir que cada detalhe da sua estadia seja perfeito, com serviços desde agendamentos no spa e organização de excursões, até a verificação da adega de vinhos no seu quarto, para que esteja abastecida com suas garrafas favoritas. O Akoo era um doce, muito fofo e muito prestativo! De todos, foi o nosso favorito da viagem!
Localizado no Baa Atoll, protegido pela Unesco, o Milaidhoo é uma pequena ilha particular situada a 126 quilômetros a noroeste de Malé. A ilha mede apenas 180 metros por 300 metros, então você consegue andar a ilha toda a pé em apenas 5 minutos hahaha! Membro da Small Luxury Hotels of the World, o hotel boutique abriu 3 anos atrás, então é relativamente novo. Conta com 50 quartos, dos quais 20 são beach villas e 30 são overwater villas. Como eu mencionei no início, nós queríamos ir para o Baa Atoll, por causa da vida marinha abundante e acabamos escolhendo o Milaidhoo dentro das opções lá, pois queríamos algo menor e mais boutique, com um estilo diferente do Gili e do Six Senses. O Milaidhoo, além de ser menor, também tem um estilo mais contemporâneo e clean, dando a impressão de ser mais luxuoso, por não ter o appeal rústico dos outros dois hotéis. Novamente, é uma questão de gosto.
Existem vários outros hotéis no Baa Atoll, mas queríamos provar algo bem boutique e pequeno, e ficamos atraídos pelo tamanho do quarto e da piscina com vista panorâmica de 180o (achamos que daria mais privacidade que outros), amamos o restaurante montado dentro de um barco sobre a água e também porque esse era um dos poucos hotéis que oferecia a atividade de fluo snorkeling que eu queria muito fazer. O Milaidhoo fica a apenas 10 minutos da Baía de Hanifaru, um dos locais mais lindos para ver manta rays e tubarões baleias entre junho e novembro. Eu me equivoquei e achei que poderia ver eles o ano todo lá, então fica a dica! Kkk.
Apesar de ser não ser rústico, o Milaidhoo tem o mesmo conceito de “barefoot informality” então você pode andar descalço ou de havaianas para onde quiser. Novamente, eu acho isso incrível e para mim férias na praia é isso! Amo não ter que me preocupar em me arrumar etc. No entanto, diferente dos outros, o hotel é projetado para casais que buscam paz e privacidade. Crianças com menos de nove anos não são permitidas no Milaidhoo, e embora adolescentes podem ir, ele não é muito adequado para famílias. Na verdade, não vimos nenhuma família no hotel, fora a nossa. O público era um pouco mais velho, tinha um grupo de casais de amigos mais velhos, mas só! O resto era tudo casal mesmo. A maioria das pessoas eram alemãs ou de Reino Unido, e tinha alguns casais japoneses e coreanos. Tinha também dois casais do Oriente Médio, incluindo uma mulher de burca! A maioria das pessoas que se hospedam no Milaidhoo costumam ficar uma semana.
Eu sei que vocês adoram ir direto ao ponto e saber qual eu gostei mais e tal, então vou ser bem sincera e dizer que de todos, esse foi o hotel que eu menos gostei. Não é nem justo falar que menos gostei, porque adorei todos, mas se tivesse que comparar, ele ficaria em terceiro lugar. Tivemos uma estadia deliciosa, mas não é um hotel que eu voltaria, vamos dizer. Então acho que isso diz tudo né? Está visto. Eu provavelmente ficaria em outro hotel no Baa Atoll numa próxima vez. Além de tudo, achamos este o hotel o mais caro de todos – o mais “overpriced”. As bebidas e a comida era o dobro do preço que nos outros dois hotéis…para vocês terem uma ideia, um drink no Milaidhoo poderia custar USD 45, ou seja, R$ 225 com o câmbio de 5 USD. Eu sempre brinco que “quem converte não se diverte”, mas esse preço está totalmente fora da realidade né, vamos combinar?! Kkk. Normalmente o drink custaria metade do preço, que ainda é caro, mas infelizmente esse é o preço das Maldivas, e nosso câmbio não está ajudando!
Mas vamos também falar de coisas boas! O café da manhã no Milaidhoo é tido como o melhor breakfast buffet das Maldivas! E realmente é impressionante! É muito bom! Ficamos impressionados! Eles têm mais de 20 tipos de queijos, por exemplo! A seleção e a variedade nos impressionaram, e eu amei que todo dia tinha uns quatro sucos frescos diferentes que eles serviam na sua mesa. Ah, vocês também vão reparar que todo hotel serve no café da manhã um “detox shot” – é sempre algum suco funcional gostoso que eles oferecem. Achei isso super simpático kkk. Além do super buffet, você pode escolher itens no menu à la carte que também estão inclusos como panquecas, waffles, omeletes, etc. Nós reservamos o Milaidhoo com regime de meia pensão, que inclui então esse café da manhã e o jantar. Assim como nos outros hotéis, o jantar está incluso no restaurante principal do hotel, que no caso do Milaidhoo era o Ocean Restaurant, mas caso você opte por jantar em algum outro restaurante do hotel, você recebe um crédito por pessoa para usar. Isso funciona super bem e o valor do crédito é bem generoso, não se preocupem. Kkk.
Apesar de ser pequeno, o hotel possui três restaurantes: Ba’theli, Ocean e Shoreline Grill. Situado em três barcos de pesca tradicionais interligados no meio da lagoa cintilante, o Ba’theli é o “singature restaurant” do hotel e serve pratos modernos inspirados na cozinha típica da região, como atum defumado e sambal de coco. O Ocean é onde é servido diariamente o café da manhã, almoço e jantar (temático também em algumas noites). O menu de almoço é bem internacional e tem várias opções, achei muito bom! Situado na areia, o Shoreline Grill é uma espécie de steakhouse americana onde você encontra os melhores cortes de carne e os frutos do mar mais frescos- é tudo muito bom!! O restaurante possui ainda uma sala de teppanyaki que você também pode reservar. Vale lembrar que é necessário reservar o Ba’theli e o Shoreline Grill, então recomendo fazer isso com o seu butler assim que você chegar no hotel! Eles são disputados! Kkk.
Outras instalações do hotel incluem o Serenity SPA, a piscina principal (linda por sinal), o Compass Bar (o melhor lugar para tomar drinks e assistir ao pôr do sol com música ao vivo), um centro de mergulho e um pavilhão de yoga. O hotel oferece gratuitamente esportes aquáticos não motorizados como paddle board, kayak, etc. Por estar numa região protegida pela UNESCO, é proibido o uso de equipamentos aquáticos motorizados, então vale levar isso em conta. O hotel ainda possui um programa de “adoção” de coral (parte de seu esquema de conservação), onde os hóspedes podem escolher um recife, plantá-lo e depois vê-lo crescer ao longo dos anos. Ou seja, para um hotel boutique tão pequeno, tem bastante coisa para fazer! Kkk. Isso sem falar nos quartos – é difícil querer sair da sua villa! Hahaha.
Cada quarto (villa) possui uma piscina de borda infinita, vista para o mar e um amplo terraço ensolarado, seja junto à praia ou empoleirada sobre palafitas acima da água. Nós ficamos na Water Pool Villa. O quarto é decorado de forma clássica com todo o luxo concebível, incluindo um balanço delicioso no terraço que eu amei! Kkk. O quarto é enorme e super espaçoso – tem 245 m². A decoração é super clean, tudo branco com alguns toques em vermelho e azul turquesa, e bem ensolarado. Com 42 m², a piscina do quarto é uma das maiores das Maldivas. Além da cadeira de balanço, o terraço também possui espreguiçadeiras, mesa com cadeiras, uma espécie de sofá enorme à beira da piscina, e, claro, as escadas indo direto para o mar. Dentro da villa tem também uma mini adega, ar condicionado no quarto todo, um closet enorme, máquina de café, etc. O estilo é totalmente diferente do Gili e do Six Senses. Gosto dos dois para ser bem sincera. Por isso que digo que a escolha do hotel nas Maldivas é bem complexa e uma questão de gosto e estilo!
Nos instalamos e fomos direto almoçar no restaurante Ocean. Como mencionei acima, no almoço o restaurante possui um menu à la carte com vários pratos internacionais, bem como algumas especialidades da cozinha local. Achei bem variado. Meus pais pediram uma caesar salad e eu comi uma massa – tudo muito bom. Os pães são artesanais e servidos quentinhos – cada vez é um diferente. Como os hotéis são bem isolados do resto do mundo, é normal toda a produção de pães e massas ser caseira. Não sei vocês, mas eu amo isso – acho incrível! O restaurante é bonito, todo branco e clarinho, com mesas externas e internas. A seleção de vinhos também é boa, mas já aviso que não tem muitas opções econômicas.
Após o almoço, fomos visitar o centro de mergulho para agendas nossas atividades e pegar o equipamento de snorkel. Como o hotel é pequeno, eles não possuem grandes quantidades de equipamentos aquáticos, então, por exemplo, só tem um kayak transparente. Se você quiser usar ele, recomendo agendar um dia e horário para garantir. Esse é o lado ruim do hotel ser tão pequeno, mas também não é que tivemos problemas com isso. É apenas por precaução. Voltamos para o quarto para desfazer as malas e relaxar. O tempo estava meio nublado então ficamos curtindo a villa mesmo, e antes do jantar, fomos tomar drinks no Compass Bar. O Compass Bar é muito lindo – que astral! O chão é todo de areia e todo fim de tarde, rola música ao vivo durante o pôr do sol e depois do jantar até o último hóspede ir embora. Amei esse bar! Durante o dia você não vê tanto movimento pelo hotel, mas durante o sunset, todo mundo parece se encontrar no Compass Bar para admirar o pôr do sol! A vista é super bonita, com a piscina de borda infinita de frente para a lagoa azul turquesa. A piscina acende a noite com “estrelinhas” complementando a atmosfera. É um charme puro. Sentimos falta de ter um lugar assim no Gili Lankanfushi. Eles têm aquele Overwater Bar, mas não é a mesma coisa, não sei explicar direito. Pôr do sol e música ao vivo combina com férias na praia né? Ver todo mundo de banho tomado, bronzeado, curtindo um drink antes do jantar…não sei…acho tudo! Hahah. Acho que é uma das minhas partes favoritas do dia durante as férias de verão! Kkk.
Na primeira noite jantamos no Ba’theli, dentro dos barcos interligados. O restaurante é tão bonito – os barcos ficam iluminados, é super charmoso e único! Pedimos para reservar uma mesa ao lado de fora que é mais simpático #ficaadica. Assim como eu, imagino que muitos não devem saber como é a comida típica das Maldivas, então basicamente, ela consiste em muitos frutos do mar e curries. Estando relativamente perto da Índia e do Sri Lanka, a cozinha tem fortes influências indianas que é visível. Como estava tarde, não pedimos nenhuma entrada, apenas o prato principal, e nem precisou, pois o chef enviou gratuitamente um “amuse bouche”, uma outra entradinha e depois um sorbet de tangerina para limpar o paladar. Eu pedi o Kukhulu Massalam, que nada mais é do que um frango ao curry. “Kukhulu” na língua local significa frango! Kkk. Estava tudo muito bom. Amamos o ambiente, com as mesas iluminadas a luz de velas e sobre a água. Achei o restaurante imperdível! Quando terminamos o jantar, nosso butler nos chamou para ver os tubarões que estavam escondidos embaixo dos barcos do restaurante. Aparentemente, tem cinco “nurse sharks” que ficam dormindo embaixo do barco e são mais ativos à noite quando caçam peixes. Achei eles bem grandinhos até – o maior deveria medir cerca de 2,5 metros! Mas não precisam se preocupar, pois eles sempre ficam dormindo no fundo do mar, e são, na maior parte, inofensivos aos seres humanos. Basta não pisar em cima ou perturbá-los! Hahaha. Mas sério, durante a estadia inteira, só vimos eles à noite perto do barco.
DAY 6 – Milaidhoo
Depois de um dia nublado, acordamos no dia seguinte com um dia lindo e ensolarado – ainda bem! Fomos tomar café da manhã no restaurante Ocean que, como mencionei acima, tem um super buffet! Tudo está incluso: a enorme seleção de queijos e coisas que acompanham tipo geleias, chutneys e nozes; uma variedade enorme de frutas, cereais e iogurtes; pães e doces artesanais com direito à croissants com manjericão e tinta de lula, entre outras mil coisas. Além dos sucos frescos que eles servem na mesa, todo dia tem também um “pastry of the day” servido quentinho, direto do forno! No primeiro dia foi um pãozinho de amêndoas recheado com nutella – divino! Enfim, amei o café da manhã como vocês podem ver! Hahaha. Sentamos todo dia nas mesas externas com uma vista linda da lagoa azul turquesa cintilante! Com um cenário desse não tem como ser ruim né?! Acho que vale mencionar que a cor da água no Milaidhoo é muito linda, mas diferente do Gili Lankanfushi. A lagoa não tem tantos contrastes de tons de azul, é mais uniforme, por isso prefiro a do Gili. Mas gente, para que fique bem claro: não existe água feia nas Maldivas ok?! Hahaha. É tudo lindo e maravilhoso, mas sim existem algumas lagoas mais bonitas do que as outras.
Às 10h fomos mergulhar, minha outra parte favorita do dia! Kkk. Acho tão zen, não me canso! Se dependesse de mim, eu teria mergulhado todos os dias nas Maldivas, mas como ficamos pingando e pegamos avião, não pode mergulhar 24 horas antes. Encontramos nosso instrutor no centro de mergulho, vestimos a roupa de mergulho, pegamos todos os equipamentos e saímos de barco! Tecnicamente, esse era mais um curso de “discover scuba”, mas como a gente já tinha feito o mesmo curso no Gili, o gerente ligou para lá para ter certeza de que já tínhamos feito todos os exercícios necessários e mergulhado sem problemas alguns dias atrás. Com isso, conseguimos pular a parte introdutória e fomos direto ao que interessa! Hahaha. Mergulhamos relativamente perto do hotel, a uns 10 minutos de barco, perto do banco de areia do Milaidhoo. Apesar do mar estar bravo, embaixo da água a visibilidade estava ótima e não tinha muita correnteza o que foi ótimo. Vimos algumas moreias, mas menores e em menor quantidade do que no último mergulho, vimos uma tartaruga marinha e uma arraia porco espinho gigante enterrada na areia. Achei os corais aqui mais bonitos que do no último mergulho – estavam um pouco mais coloridos. Também vimos bastantes tipos de peixes. O mergulho foi bonito, mas não foi espetacular se você pensar que essa é uma reserva da biosfera protegida pela UNESCO. Eu imaginava uma vida marinha um pouco mais abundante. Mas enfim, foi bonito e sempre vale a pena.
Voltamos para o hotel por volta das 11h30 e passamos o resto do dia tomando sol e curtindo a nossa piscina na villa. Eu levei a minha bóia de lhama para as Maldivas (sim, eu sei hahaha) então pedi para o Akoo encher ela enquanto a gente estava mergulhando. Valeu muito a pena, tirando o pequeno incidente no dia seguinte onde ela simplesmente desapareceu – o vento levou! Kkk. Mas conseguimos recuperá-la hahaha. No quarto, é possível conectar o seu celular via bluetooth com o Sound Bar do quarto, então você pode tocar as suas músicas do Spotify no quarto e no terraço que é bem legal. Como sempre, o sol estava QUEIMANDO – muito quente! Fizemos um late lunch no Compass Bar, à beira da piscina principal. Eles servem sanduíches, saladas, pizzas e algumas entradinhas. Eu pedi um American Wagyu Cheeseburger que estava divino!! De um modo geral, acho que a comida do hotel foi um dos pontos altos do Milaidhoo – foi realmente excepcional, comemos muito bem! No final da tarde, fomos assistir ao pôr do sol novamente no Compass Bar com música ao vivo. Este dia foi o pôr do sol mais bonito da viagem! Jantamos no restaurante Ocean que aos sábados serve um buffet temático asiático. Sentamos ao ar livre, com iluminação à luz de velas, super agradável. Além do buffet, eles montaram uma estação de wok. A comida estava boa, mas se eu tiver que comparar, a noite asiática do Gili Lankanfushi estava melhor!
Como mencionei acima, um dos motivos pelo qual escolhemos o Milaidhoo foi por causa do night fluo snorkeling que eles oferecem. No entanto, quando fui me informar no centro de mergulho, me disseram que as lanternas com as luzes especiais tinham queimado e que só tinham duas funcionando, mas ofereceram fazer a atividade para uma pessoa – no caso, eu. Hahaha. Eu confesso que fiquei bem apreensiva de mergulhar no mar à noite, naquele breu, sozinha com um instrutor. Fiquei ainda mais tensa quando me falaram que por causa da luz e do visor especial, você não enxerga muito bem os peixes porque eles não “iluminam” – você apenas enxerga ou sente um vulto passando. Isso inclui arraias e tubarões – IMAGINEM o medo que me deu quando o instrutor me falou isso?! Hahaha. Gente, eu não acho que sou uma pessoa medrosa, pelo contrário, mas eu respeito muito o mar e tenho medo do que não posso enxergar!! Para o meu alívio imediato hahaha, o programa foi cancelado por causa das condições do mar (muita correnteza e pouca visibilidade)! No entanto, eu fiz essa atividade no Six Senses Laamu, então vou explicar melhor o que é mais abaixo ok?
DAY 7 – Milaidhoo
Mais um dia maravilhoso e ensolarado! Tomamos café da manhã e às 10h30 saíamos de kayak e eu peguei o transparente que tinha reservado. A correnteza estava bem forte, então eles restringiram um pouco a área da lagoa na qual eu poderia ir, portanto, não consegui chegar muito longe e também cansei rápido por causa do esforço! Sempre quis andar num kayak transparente, então cruzei isso da minha listinha kkk. O formato é um pouco diferente do kayak normal, mas fora isso tudo igual. Como ele é todo transparente, dá para enxergar o fundo do mar e os peixinhos nadando. Depois do kayak, fizemos snorkel na lagoa do hotel, mas não tinha muita coisa interessante – a visibilidade também estava meio ruim porque o mar estava bem mexido.
Eu queria muito voar o meu drone nas Maldivas, mas o Milaidhoo tem uma política rígida de não permitir drones por questões de privacidade, o que eu super entendo. No entanto, eles foram super gentis e ofereceram me levar de barco gratuitamente para o banco de areia deles para eu voar o drone lá! Então às 12h é para lá que eu fui! O banco de areia é lindoooo e se você for para as Maldivas em lua de mel, este é definitivamente um passeio imperdível. Acho que quase todos os hotéis oferecem isso. Eu consegui voar o meu drone, mas estava ventando MUITO então não tive coragem de ir muito alto ou muito longe com ele, com medo de perder, pois não sou das melhores e não tenho muita prática hahaha. Mas até que deu certo! É tão bonito ver a beleza das Maldivas do alto né?! Para mim são as fotos mais lindas que existem! Lembrei agora que acabei nem postando o vídeo no Instagram – vou aproveitar a quarentena e fazer isso! Kkk
Depois do passeio ao banco de areia, voltamos para nossa villa e ficamos lá relaxando, tomando sol e curtindo a piscina. Estava tão bom que resolvemos pedir room service e almoçar por lá mesmo! Pedimos drinks (o mojito do hotel é muito bom #ficaadica) e comida! Demorou um pouco mais do que o normal, mas estava ótimo. Eu adoro um room service de vez em quando viu?! Vocês também?! Hahaha. No final do dia, fomos para o Compass Bar assistir ao pôr do sol, quase que um ritual já. Voltamos para observar os tubarões embaixo dos barcos do Ba`theli e vimos também uma arraia gigante passando! Para a última noite, jantamos no Shoreline Grill. Pé na areia, o restaurante é super informal e muito bom! As carnes e os frutos do mar estavam incríveis! Recomendo demais. Na mesa do jantar, o Akoo tinha escrito a mensagem “See You Soon” com pedaços de plantas e flores – detalhes pequenos e fofos que fazem toda a diferença. Fizemos as malas antes de dormir, pois saímos super cedo no dia seguinte para o Six Senses Laamu.
DAY 8 – Milaidhoo / Six Senses Laamu
Acordamos às 7h para tomar café da manhã e arrumar as malas antes de pegar o hidroavião às 8h40 com destino a Malé. Como eu mencionei acima, os voos de hidroavião são super informais e lembram muitos os bush flights da África! Nos despedimos do Akoo e de todo staff do Milaidhoo e entramos no barco do hotel que nos levou até uma plataforma flutuante no meio do mar, onde embarcamos no nosso hidroavião! É literalmente colocar as malas, subir e partiu! Hahaha. Muito prático e fácil, do jeito que eu gosto! O avião já estava cheio antes da gente entrar, mas não sei da onde os hóspedes estavam vindo. Na verdade, o nosso voo atrasou quase 1 hora para sair do Milaidhoo, então acabamos decolando por volta das 9h30. Assim como os voos na África, isso é super normal e não precisa se preocupar porque todos conversam entre si e coordenam tudo para não ter erro.
Nosso voo durou cerca de 1 hora até Malé, e como estávamos atrasados para o nosso próximo voo, assim que pousamos já vieram nos buscar na porta do hidroavião e descemos com as malas antes de todo mundo. Achei bem coordenado, gostei. O pessoal do Milaidhoo estava nos esperando na chegada e nos levou de carro até o aeroporto doméstico de Malé, aonde fomos recepcionados pelo pessoal do Six Senses que nos auxiliou no check-in para o próximo voo. Na verdade, não fizemos nada – apenas ficamos esperando na sala vip enquanto eles fizeram tudo. Para chegar no Six Senses Laamu, é preciso pegar outro voo de Malé, pois estávamos ao norte, no Baa Atoll, e agora estávamos indo para o sul. Não existe um voo direto e não tem como pegar um hidroavião direto, para os que já estão pensando nessa possibilidade kkk. Você precisa parar em Malé para depois trocar de avião, até porque, o voo que vai para o Laamu não é um hidroavião, e sim uma aeronave normal, porém menor. Para as pessoas que têm medo de hidroavião, essa é então uma das vantagens do Six Senses Laamu – apesar de estar isolado, para chegar você não precisa pegar um hidroavião e pousar no mar – você pousa num aeroporto pequeno normal!
Nós decolamos então do aeroporto doméstico de Malé com a companhia Maldivian Air com destino ao aeroporto de Kadhdoo, no sul das Maldivas. O voo durou cerca de 50 minutos e o visual do alto, como sempre, é muito bonito. Chegamos no aeroporto de Kadhdoo, fomos recepcionados pelo pessoal do Six Senses novamente, e de lá pegamos um barco do Six Senses por uns 15 minutos até chegar de fato no hotel. No caminho, serviram limonada e coco ralado fresco, ofereceram uma toalha gelada para refrescar e explicaram o conceito de “No Shoes”, entregando um saquinho fofo para guardar os seus sapatos. Assim que saímos do aeroporto eu já percebi que o clima era um pouco mais quente e úmido, pois o Laamu Atoll fica ao lado da linha do Equador. A diferença é nítida.
Nos hospedamos por 3 noites no Six Senses Laamu e foi incrível. Como vocês já sabem, esse foi o meu hotel preferido e seria difícil não ter sido, pois sou fã número um da rede há alguns anos. Todos os hotéis que já fiquei do Six Senses eu amei e tive experiências incríveis, e dessa vez não foi diferente. Eu descobri a existência do Six Senses há alguns anos atrás, e sempre foi o meu sonho ficar em um dos hotéis. Há 4 anos atrás, eu realizei esse sonho quando eu me hospedei no Six Senses Yao Noi, na Tailândia, para passar o meu aniversário. Eu lembro que eu enchi tanto meus pais que esse foi o meu presente! Desde então, o Six Senses virou referência para mim na hotelaria cinco estrelas, e sempre que tem um hotel num destino que estou indo, é lá que eu quero ficar! Imagina então, a honra que foi, quatro anos depois, receber o convite de me hospedar por três noites no Six Senses Laamu, um dos hotéis mais lindos do mundo em um dos destinos mais desejados do planeta! O convite foi em cima da hora, mas era irrecusável! Mudei todos os planos e ainda bem que fiz isso! Antes de tudo, acho importante dizer que tudo o que eu escrevi aqui é verdade – é minha opinião sincera, e em nada tem a ver com o fato de eu ter sido convidada. Acho importante deixar isso claro! Sempre fui muito transparente com vocês e sempre serei!
Atualmente com 20 hotéis, a rede Six Senses é conhecida por escolher locais #outoftheordinary para a construção das suas propriedades. De um tempo para cá, começaram a investir também na construção de hotéis em grandes cidades, mas todos os resorts são fantásticos, sustentáveis, eco-friendly e situados em cenários únicos! A marca Six Senses sempre foi associada à sustentabilidade, uma tendência nos dias de hoje. Nesse aspecto, eu diria que são até meio pioneiros. Garrafas de plástico foram proibidas nos hotéis da rede anos atrás – eles engarrafam a sua própria água! A marca prometeu estar totalmente plastic free até 2022 – hoje já estão em 90% desta meta! Com isso, os hotéis Six Senses passarão a ser 100% sustentáveis! Todos os resorts possuem o conceito “farm to table”, com suas prórpias granjas de galinhas, cabanas de cogumelos, hortas e jardins orgânicos. Existe uma compra sustentável de alimentos, com a maioria produzida em loco mesmo. Além disso, os Six Senses fazem reciclagem dos resíduos e cuidam das comunidades locais. Existe um verdadeiro comprometimento com o meio ambiente, e nos dias de hoje, quem se preocupa com isso ganha muitos pontos não é?! Além disso, o Six Senses também se preocupa com a qualidade do sono e “integrated wellness”, um conceito de que bem-estar não precisa acontecer somente no Spa, e sim em cada aspecto da sua estadia. Difícil não ser fã né?! Hahaha. Se você ainda não teve a oportunidade de ficar num resort do Six Senses, recomendo colocar isso no topo da sua #bucketlist, prometo que você não irá se arrepender!
Inaugurado em 2011, o Six Senses Laamu é um resort sustentável de luxo rodeado por água azul turquesa cristalina. Localizado na Ilha Olhuveli, ele é o único hotel no Laamu Atoll, o que o torna extremamente exclusivo. Nos outros hotéis, eu sempre via um movimento de barcos e aviões, ou até luzes dos hotéis próximos. Isso não atrapalha necessariamente, mas estar isolado num Atoll inteiro só para você, é muito melhor, não tem como negar! Assim como o Gili, o Laamu também funciona com outro fuso horário – 1h a mais que o horário local. A lagoa natural onde está situada a maior parte do hotel é linda! As “manchas escuras” que alguns de vocês perceberam nas fotos e stories do Instagram são na verdade uma espécie de grama que as tartarugas comem! É por causa disso que tem tantas tartarugas perto do resort e é possível vê-las nadando pela lagoa! Não sei vocês, mas eu acho isso algo positivo! Kkk.
Chegamos no hotel e fomos recepcionados pelos gerentes do Laamu e pelo Nasru, nosso GEM (Guest Experience Maker). O GEM tem o mesmo papel que o Mr. Friday no Gili ou o butler no Milaidhoo. Ele está lá para ajudar e garantir que a sua experiência seja a melhor possível! O Nasru fez então um breve tour pelo hotel, mostrando as principais instalações e depois nos levou para no nosso quarto. A área principal do hotel, onde o “agito” acontece, é num complexo lindo de palafitas sobre a água chamado de Overwater. É lá que ficam a maioria dos restaurantes e bares do hotel (ao todo são seis), a adega de vinhos, o centro de mergulho, a biblioteca, a boutique, a escola de surf, e, mais importante de tudo – o Ice & Chocolate Studio! Hahaha. É lá que você encontra chocolates de alta qualidade e 42 sabores de sorvete homemade. A melhor parte? Os sorvetes são de graça! Sim, você pode comer quantos sorvetes você quiser a qualquer hora do dia! Loucura pensar que isso existe né?! Eu simplesmente AMO isso! Para mim, essa é uma das marcas registradas do Six Senses! Acho que eu nunca comi tanto sorvete na minha vida, nem como criança! Hahaha. É um sabor melhor que o outro e tem vários exóticos!! Eu particularmente prefiro sorbets, mas cheguei a provar mais de 24 sabores durante minha estadia! O meu sabor favorito? Romã e Pêssego! No mesmo local, acontece toda noite às 19h apresentações curtas sobre a vida marinha feitas pelos biólogos que trabalham no hotel – é um tópico diferente a cada noite. Bem interessante.
Há atividades para todos os gostos e idades no Six Senses Laamu – é praticamente impossível se entediar! Kkk. Toda noite, às 21h30, tem o “Cinema Under the Stars”, onde passam algum filme ou documentário ao ar livre na praia. Dependendo do tempo, às vezes eles passam o filme em outro local mais protegido, mas ainda a céu aberto. Além do mergulho e do snorkel, você também pode alugar equipamentos no watersports center (os não motorizados são gratuitos), fazer aula de surf (a Yin Yang, onda de surf mais famosa das Maldivas fica pertinho), usar a academia, ter aula de yoga, fazer tratamentos no Spa, entre outras mil coisas. O hotel é excelente também para famílias com crianças. Eu amaria levar o meu sobrinho, tem muitas atividades para eles! Além do kids club, o hotel oferece o programa GROW, onde tudo é desenhado sob medida para as crianças, como, por exemplo, o programa de biólogo marinho junior. A ideia é tirar as crianças dos iPads e fazer eles vivenciarem a experiência Six Senses também. Consequentemente, o hotel tem muitas famílias com crianças, além de muitos casais. Achei o mix muito bom, pois traz um certo movimento para o hotel que é muito bem vindo! A maioria dos hóspedes eram europeus e americanos. Achei a vibe do hotel mais jovem sabe?! A informalidade também reina absoluta – é um luxo sem ostentação! Tudo bem relax.
O movimento também se deve ao fato do hotel ser maior que os outros, com 97 aposentos. São 14 categorias diferentes de quarto, então é importante saber escolher bem! O Six Senses Laamu tem o maior número de overwater villas das Maldivas se não me engano, mas ainda conta com 26 beach villas. As villas de praia são recomendadas para famílias com crianças pequenas por motivos óbvios, mas também porque existem villas com dois quartos que cabem até 6 pessoas (4 adultos e 2 crianças). Não existe overwater villa com dois quartos no hotel. Tanto as beach villas como as overwater villas podem ser com ou sem piscina. É claro que eu recomendaria com né, mas entendo que isso também reflete no preço da diária. Ao todo, são apenas 14 overwater villas com piscina, então reservem com antecedência! Vale a pena! Kkk. Em termos de layout, todos os quartos, independente da categoria, são quase sempre idênticos na parte interna. Fora a piscina, o que realmente muda é a localização do quarto. As overwater villas são espalhadas em três jettys – A, B e C. Eu diria que o melhor de todos é o Jetty A, dado a sua proximidade ao complexo overwater e ao house reef. Como o Jetty A fica mais próximo do canal que os outros, é possível avistar golfinhos de perto. Opte pelos quartos com vista do pôr do sol “sunset view”. Além disso, como regra geral, os quartos com categorias inferiores são os que possuem menos privacidade e ficam bem no início do pontão. Portanto, quanto mais privacidade você querer, melhor tem de ser a categoria do quarto.
Nós ficamos na villa 69, uma overwater villa with pool, no Jetty C. O Jetty C é o mais distante dos três, mas na verdade, lá nada é muito longe né?! A villa era virada para o Jetty B, o que eu achei melhor. Os quartos do outro lado não recebiam tanta brisa do mar e a lagoa era bem mais rasa, por incrível que pareça. Com estávamos numa categoria bem superior de quarto, nossa villa era a última do pontão, garantindo total privacidade. Eu amei! O quarto é simplesmente demais! Lindo! Decoração simples e rústica, porém elegante. Achei o layout do quarto e do terraço super bacana, e AMEI a banheira de vidro sobre a água com vista para a lagoa azul turquesa! Sensacional! O tamanho da piscina com borda infinita, as espreguiçadeiras do terraço e a mesa de fundo de vidro que parecem flutuar sobre o mar, o chuveirão externo no banheiro, o acesso direto ao mar e o terraço panorâmico no segundo ar foram alguns dos detalhes que me conquistaram! Ao entrar no quarto, um som ambiente já estava rolando (trilha muito boa por sinal) e aquele cheirinho delicioso de Six Senses no ar. Melhor coisa!
Assim que chegamos no quarto, três bicicletas com nossas iniciais já estavam na frente nos esperando. Adoro esse tipo de detalhe que você encontra no Six Senses – uma plaquinha de madeira entalhada com suas iniciais que você pode levar para casa depois. Como todas as bicicletas na ilha são iguais, eles usam as plaquinhas para você poder identificar a sua! Assim como no Gili, os pedais da bicicleta também são forrados para que você possa pedalar descalço de acordo com a filosofia de barefoot luxury do hotel. No Laamu, a bicicleta é o único meio de transporte e com ela você consegue dar a volta na ilha inteira e ir para qualquer lugar. É uma delícia sair pedalando! Uma vez instalados, fomos almoçar no restaurante Sip Sip, que fica ao lado da piscina principal do hotel e de uma das praias. O Sip Sip serve pizzas artesanais, além de sushi, hambúrgueres, sanduíches, etc. Tudo é preparado com os ingredientes provenientes do jardim orgânico do hotel. Eu tomei um frozen daquiri para “me refrescar” do calor absurdo e pedi uma pizza. Nessa época do ano, não tem brisa nessa praia, então fica EXTREMAMENTE quente nessa parte do hotel. Eu estava literalmente pingando. Mas a praia é bem gostosa e o mar é bem calmo, então é o lugar ideal para fazer stand-up paddle, por exemplo. É nessa praia que tem também espreguiçadeiras e cabanas para os hóspedes. A piscina principal é linda, mas acho que não estava tão disputada por esse motivo! Me informaram que a direção do vento vai mudando ao longo do ano – curioso né?! Depois do almoço visitamos o centro de mergulho para pegar nosso equipamento de snorkel (é gratuito) e para agendar o nosso mergulho, entre outras atividades. Com todo esse calor, é claro que eu não resisti e passei pela sorveteria né? Provei o sorvete de pêra, maçã verde, blood Orange e açafrão – um melhor que o outro! Depois disso voltamos para o quarto para curtir a piscina com a brisa do mar.
No final da tarde, fomos tomar drinks e assistir ao pôr do sol no Chill Bar. Um dos lugares mais legais do hotel, esse é definitivamente “o point”! Ele fica dentro do complexo Overwater, sobre a água, e possui um ambiente relaxado todo integrado. Sempre tem uma boa música ambiente e sofás e pufes enormes para você deitar e apreciar a vista do mar. Tem inclusive redes suspensas para você deitar sobre a água. O Chill Bar serve almoço e jantar, com cardápio internacional e algumas especialidades vietnamitas. É extremamente simpático e agradável. Ele seria o equivalente ao Compass Bar do Milaidhoo – o melhor lugar para tomar um drink e assistir ao pôr do sol. Nossa senhora, quantas vezes eu já usei essa palavra nesse post eu nem sei! Hahaha. O sunset estava lindoooo nessa primeira noite, bem especial em tons de rosa e roxo!
Em seguida, fomos jantar no Longitude, o restaurante internacional do hotel também situado no complexo Overwater. São dois andares com vistas de tirar o fôlego. Aqui é servido diariamente o café da manhã e jantar à la carte, exceto às terças quando tem um buffet mediterrâneo (que era o caso) e às sextas quanto rola o Asian Street Market. O buffet mediterrâneo estava bem legal, com vários quiosques com chefs preparando o pedido na sua frente, desde paella, massas, risottos e frango piri piri a crêpes suzettes! Não comi o crepe, mas me rendi novamente aos sorvetes para sobremesa. Dessa vez provei o sabor “guava” e “white peach”. Tão bom! Para encerrar o primeiro dia com chave de ouro, assistimos um documentário na praia a céu aberto jogados em cima de pufes – dia perfeito, sem defeitos! Kkk.
DAY 9 – Six Senses Laamu
Na manhã seguinte, resolvemos pedir café da manhã dentro da nossa villa, pois com aquela vista, simplesmente não tem como. Acho legal que não tem nenhum custo adicional e está tudo incluso no regime de meia pensão. Ficamos curtindo o quarto um pouco e tomando sol no terraço, e depois fomos fazer snorkel no recife do hotel. O acesso mais rápido e fácil se dá pelo Chill Bar. O house reef do Laamu é absolutamente incrível e por esse motivo só já vale a pena ficar aqui! Os corais estavam bem mais conservados e coloridos, em vários tons diferentes como roxo, azul e verde. Além disso, vimos uma quantidade impressionante de peixes, de todos os tipos, cores e tamanhos! Disparado o recife mais bonito da viagem! Vimos o peixe unicórnio (eu adoro) e anêmonas roxas e azul elétricas! Muito lindo!
Como já estávamos no Chill Bar, acabamos comendo algo leve e passando o resto do dia por lá mesmo. Ficamos tomando sol nas redes e nos pufes à beira do mar e depois sentamos em uma das mesas para comer. Claro que rolou mais sorvete, dessa vez provei outro sabor muito bom: “kaffir lime”, e repeti o de maçã verde. Do Chill Bar, consegui avistar de longe um grupo de golfinhos nadando. Os garçons disseram que as vezes eles chegam bem perto! A caminho de volta do quarto, passamos pelo Spa para agendar algumas massagens, antes de se arrumar para o Sunset Dolphin Cruise. Esse é um dos passeios pagos que o hotel oferece, mas acho que vale a pena. Se você fizer o passeio normal com outros hóspedes, custa USD 69 por pessoa, mas você também pode fazer um passeio privado, mas vai custar bem mais caro. Fizemos o passeio normal e foi super bonito. Vimos um monte de golfinhos (pelo menos 40), assistíamos ao pôr do sol do topo do barco e tomamos champagne. Nada mal! Kkk. A chance de ver golfinhos neste passeio é muita alta – mais que 90% ou algo assim, se não me engano!
Depois do passeio, tomamos mais um drink no Chill Bar, para matar uma hora antes de ir jantar no Leaf, um dos restaurantes signature do hotel. Como sempre, esses restaurantes precisam de reservas, e como o Six Senses é um pouco maior, não custa fazer a reserva com antecedência, antes de chegar no hotel. O mesmo se aplica ao restaurante japonês. O Leaf é o restaurante gourmet, localizado acima do Chef’s Garden, com vista total para o mar. Para chegar no restaurante, é necessário atravessar uma ponte de madeira. No menu você encontra pratos mediterrâneos modernos, preparados com ingredientes orgânicos frescos. O menu é fixo, mas você pode escolher entre algumas opções. A comida estava excepcional. Nós pedimos o beef tenderloin que derretia na boca, um incrível seafood cassoulet, tartar de pato defumado e um ravioli de frutos do mar com lobster bisque. De sobremesa, provamos o “sour sop” sorbet, que é uma espécie de fruta exótica local – muito bom! Recomendo provar! O leaf abre todas às noites para o jantar, exceto às terças-feiras.
DAY 10 – Six Senses Laamu
No terceiro dia, acordamos e tomamos café da manhã no Longitude. São diversas opções num buffet completíssimo e cuidadosamente apresentado. Sem glúten, com glúten, diet, todos os tipos de frutas, pães artesanais, sucos frescos, vários tipos de geleia e mais de 10 tipos de mel (nunca vi isso kkk)! Eles também preparam algumas coisas na hora, como omeletes, panquecas e waffles. Eu pedi uma panqueca e o chef sugeriu fazê-la num formato de polvo, ficou muito fofo! Eles geralmente fazem isso para as crianças (me achou com cara de kids amo hahaha) e tem outros formatos também como tartarugas etc. É possível também escolher qualquer ingrediente para fazer o seu próprio suco orgânico do jeitinho que você quiser. Depois do café, às 9h30 fizemos o mergulho com cilindro! Outra grande vantagem do Six Senses é que o recife é tão lindo e tão perto do hotel, que você mergulha do pontão direto na água – não precisa pegar um barco até o local do mergulho. Muito prático. O mergulho foi lindo, vi um tubarão, uma tartaruga marinha gigante, arraias, corais coloridos e milhares de peixes! Foi o mergulho mais bonito da viagem! Como mencionei no início do post, eu comprei a capinha protetora para minha GoPro na boutique do hotel, então finalmente consegui filmar o mergulho tudo! Funcionou super, vale o investimento!
Após o mergulho, voltamos para a nossa villa onde ficamos tomando sol e curtindo para variar. Almoçamos no Chill Bar e tomamos alguns drinks. Teve alguns rounds de sorvete no meio também. Descobri o meu sabor favorito: romã! Às 16h fomos para o Spa para o melhor momento do dia – massagem! A sala de tratamento é a coisa mais linda que você já viu – parece um ninho de pássaro construído numa plataforma elevada em cima da praia, com vista para o mar. Uma coisa! Só de olhar a sala você já relaxa! Kkk. A massagem foi maravilhosa, muito boa, e ao final você é levado a uma área de relaxamento com várias espreguiçadeiras, onde você também pode pedir um suco orgânico do Juice Bar, enquanto observa a paisagem. Nada mal né?! Vale a pena fazer uma massagem no hotel! Até a academia do hotel é linda e dá vontade de treinar! Kkk.
Como essa era a minha última noite nas Maldivas, criei coragem e finalmente fiz o famoso night fluo snorkel. O hotel só oferece essa atividade para o mergulho, mas pedi gentilmente para o gerente liberar para o snorkel e deu tudo certo! No hotel é assim – tudo o que você pede eles dão um jeito de fazer. Acho isso incrível! Esperamos o sol se pôr e entramos na água! Deu um frio na barriga, mas dessa vez pelo menos eu não estava sozinha – arrastei minha mãe junto! Hahaha. Apenas para explicar como funciona o night fluo: basicamente, graças a uma luz azul e uma máscara de filtro amarelo especial, é possível ver alguns corais e anêmonas “brilharem no escuro”, peixes e muitas outras criaturas marinhas. Algumas criaturas marinhas têm a capacidade de reemitir luz com um comprimento de onda mais longo quando expostas à essa luz azul. Em outras palavras, eles reagem produzindo bio-fluorescência. A fluorescência não deve ser confundida com a fosforescência que você conhece dos brinquedos que brilham no escuro – é diferente! No entanto, não são todos os tipos de corais que brilham, por exemplo.
Eu confesso que eu achei que eu iria ver um monte de neon colorido, mas é tudo da mesma cor e você precisa chegar bem perto para enxergar melhor. Por isso, eu entendo porque a maioria dos hotéis oferecem essa atividade como mergulho e não como snorkel – faz todo sentido. Fomos nadando pelo recife mesmo, mas no escuro, a sensação é outra e não vou negar, dá medo! Até porque eu mergulhei e fiz snorkel de dia e sei que de um lado do recife tem a lagoa tranquila, mas do outro é mar aberto e fundo! Um paredão mesmo, então não poder enxergar direito o que está em sua volta dá MUITA aflição. Ficamos 40 minutos na água e eu desisti kkk. Na maior parte do tempo, acabamos usando a luz branca normal para iluminar os corais, porque você enxerga melhor outras criaturas que normalmente não se vêem de dia, como polvos, caranguejos, lulas, etc. Era época de acasalamento de polvos, então vimos vários se mexendo, camuflados nas rochas – impressionante! Valeu o passeio só por isso! Também vimos um monte de lion fish (aquele peixe venenoso) e puffer fish. Eu até tentei filmar o mergulho, mas a câmera do GoPro não pega o neon, pois não tem o filtro especial na lente! Enfim, mais uma para conta. Foi uma experiência inesquecível, com certeza! Ainda bem que não vimos nenhum tubarão! Geralmente não tenho medo, mas de noite né…são outros 500! Hahaha.
Voltamos para o quarto, tomamos um banho rápido e fomos jantar no Zen, o restaurante japonês do hotel. Situado no complexo overwater, no segundo andar, o restaurante é bem pequeno – tem cerca de 12 mesas, e algumas são afundadas imitando tatames. É bem simpático. O menu lembra o restaurante Nobu – pedimos gyoza, sashimis, popcorn scallop, taquitos, soft shell crab tempura, entre outros. Estava tudo muito bom. Como estávamos no regime de meia pensão, cada pessoa ganhou um crédito para gastar no restaurante. Fui dormir triste que era a última noite nas Maldivas e no hotel – teria ficado fácil mais uma semana! Kkk.
DAY 11 – Six Senses Laamu
No dia de ir embora, pedimos café da manhã na villa para nos despedir. Eu aproveitei o tempo livre para fazer “back of the house tour”, que nada mais é do que conhecer os bastidores do hotel. Eles oferecem esse tour para quem estiver interessado e eu recomendo, é super interessante! Primeiro visitamos o Six Senses Earth Lab – todo resort da rede tem um! Nesse laboratório, basicamente, tudo o que puder ser reciclado e reaproveitado de alguma maneira, é. Por exemplo, eles criaram vasos de flores feitos com toalhas velhas, eles fazem o seu próprio óleo de coco que usam para cozinhar e no Spa, e agora estão tentando produzir o seu próprio açúcar! Outro exemplo que me mostraram foi a transformação de garrafas de vidro em mesas ou luminárias. É realmente incrível o trabalho deles. Depois disso, visitei o “chicken farm”, mas a produção de ovos ainda é muito pequena no momento – cerca de 60/70 ovos por semana, mas eles esperam poder abastecer o resort todo num futuro próximo. A próxima parada foi a estação de água onde eles fabricam a sua própria água através do processo de dessalinização. Visitei também o jardim orgânico com mais de 40 tipos de ervas, folhas e vegetais, e me explicaram sobre o processo de reciclagem no hotel. Todos os uniformes do staff do hotel são feitos sob medida no hotel, não é legal? Acho muito bacana como existe a preocupação real com reciclagem, economia de energia, uso consciente de água e com a produção de grande parte do que é consumido e utilizado na propriedade.
Como nosso voo só saía no final do dia, tivemos o dia todo para aproveitar basicamente, então rendeu muito! Fiz snorkel pela última vez, comi mais sorvete e fizemos um late lunch no Chill Bar. Arrumamos as malas, tomamos banho e partimos do hotel por volta das 18h (17h horário de Malé). Chegamos no aeroporto micro de Kadhdoo e esperamos uma meia hora antes de embarcar no voo de volta para Malé. Chegando em Malé, tivemos que esperar algumas horas no aeroporto antes de embarcar para Istambul às 23h30 no voo da Turkish Airlines. Por isso eu mencionei no início a importância de estar num hotel onde você pode curtir o último dia, pois se a gente estivesse no Baa Atoll, por exemplo, e tivesse que pegar um hidroavião, teríamos ficado horas mofando no aeroporto e não teríamos aproveitado o último dia! Acho bem válido pensar nessa dica na hora de montar o seu roteiro e escolher o seu hotel!
É isso – depois de 15 mil palavras, chegamos então ao final do post! Hahah. Espero que tenham gostado! Queria apenas finalizar com a questão dos extras, pois me perguntaram isso ontem pelo Instagram. É difícil dar um valor, porque depende muito, mas de um modo geral, espere gastar a partir de USD 2000 em extras por uma estadia de 4 noites. Isso inclui comida, bebida e atividades extras que você fizer durante a sua estadia, mesmo estando em regime de meia pensão. Não parece, mas vai somando rápido. Os vinhos costumam a ser caros…na verdade as bebidas no geral. Um mergulho sai em torno de USD 225 por pessoa, e por aí vai. Se você estiver em lua de mel e quiser todas aquelas regalias de café com bandeja flutuante na piscina, jantares românticos na praia e tal, se prepare! Num hotel de luxo, esse café flutuante vai custar cerca de USD 350/400, e um jantar na praia ou um passeio ao banco de areia vai custar a partir de USD 700! Eles sabem que as pessoas procuram isso então enfiam a faca mesmo, vá sabendo isso e preparado para os gastos adicionais!